sexta-feira, 17 de maio de 2013

BULLYING SEM BLÁ-BLÁ-BLÁ



BULLYING SEM BLÁ-BLÁ-BLÁ


Queridos educadores.

O Bullying continua fazendo vítimas no mundo todo. Mesmo os adultos que relatam ter superado o sofrimento, gostariam de não ter passado por isso na infância. Nós professores, coordenadores e demais profissionais da educação podemos fazer algo a respeito. Podemos evitar sofrimentos. Podemos ensinar as crianças e adolescentes a se posicionarem, a dar passos corretos e responsáveis para erradicar esse fenômeno das escolas.
Nós autores (Jeanine Rolim e Marcos Meier) sofremos o bullying na própria pele, estudamos a respeito e aprofundamos o assunto para poder ajudar as escolas e as próprias crianças a agir de forma eficaz. Para isso escrevemos uma obra especial de professor para professor, de psicólogos para pais, de gente para gente. E a fizemos em duas versões, uma para adultos e outra para as próprias crianças saberem como agir, que passos dar, com quem falar e como falar. É como um guia para trazer soluções em vez de criminalizar as crianças autoras ou vitimar as que são alvo. Cada criança deveria ter o seu próprio exemplar e estudá-lo, pois ele também ensina como encarar a vida de forma proativa.
É essa a nossa proposta. Um exemplar por aluno. Não é um gasto, nem uma despesa, mas um investimento na construção da paz em sua escola.

Veja abaixo alguns diferenciais do livro “Bullying sem blá-blá-blá” face aos demais materiais comercializados em nosso país:

VERSÃO TEEN

·         Foi escrito na linguagem dos adolescentes, sem termos jurídicos ou trechos complicados. A intenção é chegar até eles, e para isso a linguagem familiar é essencial.
·         O material é rico em ilustrações modernas, com tirinhas de cunho irônico, preferência nessa faixa etária.
·         A diagramação do livro teen é especialmente pensada para os adolescentes, com formatações irregulares e variação de cores, fontes e estilos.
·         O texto traz dicas práticas de como o adolescente deve se posicionar ou instruções para buscar ajuda, seja ele a vítima, aquele que observa ou até mesmo o agressor.
·         O agressor, aliás, é outro diferencial importante! Não o criminalizamos como comumente é feito, mas sim o orientamos sobre como deixar essa prática e melhorar seu modo de ver o mundo e lidar com ele.
·         Fundamentamos todo nosso texto na premissa de que o que deve ser trabalhado é a autoestima do adolescente. Uma vez que esta é fortalecida, ele saberá se posicionar não apenas mentalmente, mas também verbalmente e, dificilmente se tornará um agressor.
·         Ensinamos o adolescente a comunicar-se assertivamente, expondo suas ideias de forma positiva, sem atacar ao outro, mas sim aos problemas.
·         Motivamos o desenvolvimento de valores.

VERSÃO PARA EDUCADORES E PAIS

·         O livro foi escrito por professores que já estiveram tanto nas posições de professores, como de gestores, enfrentando situações reais de bullying em suas práticas diárias. Diferente de muitos materiais disponíveis hoje no mercado, que apresentam apenas argumentos técnicos da área jurídica ou médica.
·         Sua organização é extremamente didática, para que o educador, pai ou mãe encontre facilmente o que busca. Há capítulos com orientações especificas para cada situação: “Meu aluno está sofrendo bullying, o que faço?” , “Meu filho pratica bullying, como posso ajuda-lo a parar?” e assim sucessivamente.
·         Nem tudo é bullying. O livro ajuda a compreender o que realmente é bullying e diferencia de outros tipos de agressões comuns nas escolas.
·         O bullying é só uma fase! Isso não é verdade e a obra derruba esse e outros mitos comuns a respeito.
·         Há vários depoimentos reais sobre bullying. Pessoas que sofreram e superaram. Fizemos uma breve análise com o objetivo de compreender melhor o que realmente aconteceu em cada caso e as consequências que as pessoas tiveram.

 Veja uma pequena animação a respeito do bullying nas escolas:



Marcos Meier é mestre em educação, psicólogo, professor de matemática, escritor e palestrante. Uma das maiores autoridades brasileiras sobre a teoria da mediação de Reuven Feuerstein.

Jeanine Rolim é pedagoga, escritora e formanda em psicologia. Pós-graduada em Intervenção Cognitiva e Aprendizagem Mediada de Reuven Feuerstein. Sua experiência como professora, coordenadora e diretora de escola contribuiu significativamente para um olhar mais realista sobre o fenômeno bullying nas escolas.

Os livros estão disponíveis na loja virtual www.kapok.com.br

quarta-feira, 8 de maio de 2013

De repente.


DE REPENTE

(Publicado em 2008 na obra: “Sapatos e Letras”. Quase uma profecia!).

De repente a pista do aeroporto mais utilizado do Brasil não escoa mais a água da chuva, ficou, de uma hora para outra, sem sistemas de escoamento.
De repente descobriram que existem controladores de voo. E que são em número insuficiente.
De repente apareceram jovens armados, em pleno dia, e arrancaram as pessoas de dentro do carro. Menos um menino.
De repente cidadãos comuns são aterrorizados com telefonemas de sequestradores, de dentro de prisões que, calmamente, tiram nossa paz.
De repente uma marquise cai matando algumas pessoas.
De repente uma quadrilha rouba um carro e o queima com a família ainda lá dentro.
De repente traficantes invadem um colégio e agridem gravemente o diretor que tentava evitar a invasão.
De repente uma professora denunciou o tráfico na escola onde trabalha e teve sua vida ameaçada por ex-alunos seus.
De repente a safra da soja não poderá ser embarcada, nem exportada. Não pelo porto de Paranaguá, pois as águas, como pode isso, ficaram muito rasas.
De repente uma avaliação internacional sobre a qualidade da educação descobre que o ensino no Brasil é tão deficitário que há adolescentes escolarizados, mas semianalfabetos.
De repente irão descobrir que há algumas faculdades no Brasil formando advogados, médicos, engenheiros, professores, psicólogos e tantas outras profissões, sem um mínimo de qualidade nem de condições de formar profissionais adequados às exigências da profissão nem da decência. 
De repente se descobre que o Estado, em algumas escolas, é tão incompetente que é melhor garantir a entrada de seus alunos na universidade por meio de cotas.
De repente será descoberto que se a taxa de crescimento do PIB for maior que a atual, vão faltar estradas, portos, aviões, contêineres, silos de armazenagem, infraestrutura em geral.
De repente vão descobrir que em algumas cidades brasileiras o Estado não tem mais poder que um grupo de bandidos que, repentinamente adquiriram espaço.
De repente todos saberão que uma passeata com muito barulho, faixas e camisetas brancas é vista por alguns políticos apenas como “reação natural”.
De repente minha empregada falou: “Acabou o gás, o senhor pode sair para comprar outro botijão?” E aí eu estouro. Brigo; pergunto: “Por que não avisou antes, quando usou o botijão reserva? Pelamordedeus! Tem que esperar aparecer o problema para pensar em uma solução? Não dá para planejar? Não dá para pensar nas consequências e agir antecipadamente? E o pote de margarina? Precisa esperar acabar totalmente para só então pedir para comprar outro? E o detergente para lavar louça, tem que esvaziar totalmente para lembrar que precisa mais? Os pelos da vassoura caíram de uma hora para outra?”
Essa minha empregada! Quanta falta de bom senso! Ela espera o problema aparecer para correr atrás de uma solução. Não consegue agir antecipadamente. Não consegue ser pró-ativa. Acho que ela não compreende essas coisas, coitada. Não consegue planejar nada. Mas é muito querida com as crianças.
Fechem a pista. Tem dois milímetros de água nela. Rápido! Caiu uma chuva de repente.


MEIER, Marcos. Sapatos e Letras. Curitiba: Editora Melo. 2008. Disponível no site www.kapok.com.br

domingo, 5 de maio de 2013

Empresas emocionalmente inteligentes


Empresas emocionalmente inteligentes


Há empresas que poderiam crescer mais, mas não conseguem. Suas equipes são frágeis nas relações entre seus membros e por essa razão se auto boicotam.
           
Equipe “emocionalmente inteligente” é aquela em que seus membros sabem identificar, expressar e compreender suas próprias emoções e a dos outros e não misturam subjetividade com as metas da empresa, com os projetos a serem desenvolvidos.

A Inteligência emocional é muito importante nas empresas, porque uma empresa com pessoas emocionalmente inteligentes não perde tempo nem energia com competições internas, invejas, “puxadas de tapete”, fofocas ou climas negativos. Se uma equipe é composta por pessoas felizes, realizadas e com boa autoestima tem mais chance de cumprir prazos, criar, inovar, aumentar a qualidade dos produtos e processos, produzir e vender mais. Da mesma forma, se os líderes são emocionalmente maduros, ajudam a criar um clima de acolhimento, respeito e afeto, fazendo com que os colaboradores da empresa sintam vontade e alegria em participar e melhorar.

Um exemplo prático de empresa emocionalmente madura é quando um funcionário traz uma nova ideia para a chefia imediata. O chefe o elogia, leva a ideia para frente dando os créditos ao funcionário. Toda a equipe e a empresa recebem os frutos dessa atitude. Os colegas do funcionário o incentivam a continuar criando e sentem-se desafiados a criar também. Esse é o caminho que leva uma empresa a crescer e ser bem sucedida. Se os funcionários não fossem emocionalmente inteligentes, criticariam o colega chamando-o de “puxa-saco”, o chefe não levaria a ideia adiante ou, se a levasse, o faria sem dar o crédito ao funcionário. Este, por sua vez, ficaria chateado, brigaria com o chefe e todos receberiam a mensagem de que as coisas devem continuar sempre do jeito que estão para não haver prejuízos para ninguém. Triste, mas a maioria das empresas age assim. Nenhum projeto é levado adiante e tudo é feito sempre da mesma forma. Os mais antigos falam ao novo funcionário: “nem tente, aqui não valorizam novas ideias”.

Na vida pessoal, uma pessoa emocionalmente inteligente não se auto boicota. Não se prejudica por temer o novo ou desafios inéditos. Cria amizades e relacionamentos profundos, pois entende as emoções das outras pessoas. Evita magoar, mas quando magoa sabe pedir perdão. Não entra em fofocas, não guarda mágoa, rancor ou vontade de vingar-se de alguém. Enfim, sabe ser feliz.

Exemplos mais comuns de falta de inteligência emocional na empresa:

  • Fofocar ou ouvir fofocas. O ideal é dizer: “não quero ouvir isso, não nos diz respeito”.
  • Não elogiar. Um clima onde as pessoas não se elogiam, desestimula a criatividade.
  • Não aceitar elogios. Dizer “são teus olhos” é jogar fora o elogio dado com carinho. Aceite-o e agradeça! Afinal você mereceu.
  • Criticar pessoas ao invés de criticar os fatos. O ideal é dizer: “cara, ontem você não me ajudou” ao invés de criticar a pessoa dizendo: “cara, você é um folgado, não me ajudou ontem.”
  • Gritar com colegas ou subordinados. Isso é descontrole emocional.
  • Negatividade. Falar mal, reclamar constantemente, não acreditar nas pessoas, não ter esperança de crescimento ou de melhoria, evitar mudanças ou cultivar posturas oposicionistas.
  • Falta de pró-atividade. Um erro comum nas empresas que não crescem é quando um funcionário vê algo para ser feito, ou que está errado e simplesmente não faz nada, pois acredita não ser do seu setor nem de sua responsabilidade. O correto é agir imediatamente para atender bem ao cliente e à própria empresa. Depois, avisar a chefia imediata para que o responsável que deveria ter feito o que você fez saiba do ocorrido.

Dicas para exercitar a inteligência emocional:

O ideal é que cada pessoa aprenda a por em prática alguns comportamentos que podem tornar a vida mais leve:
  • Aprenda a observar as emoções de outras pessoas e converse com elas dando-lhes espaço para compartilhar.
  • Observe melhor as suas próprias emoções e fale mais sobre elas com alguém que tenha intimidade com você.
  • Perdoe quantas vezes for necessário, mas não insista em conviver com alguém que vive lhe machucando. Fuja das pessoas negativas que deixam você “pra baixo”.
  • Desenvolva uma postura mais favorável em relação às frustrações da vida. Pode chorar, pedir perdão, perdoar, mas reorganize-se, planeje como agir daqui pra frente e, largando o passado, aja positivamente.
  •  Acredite que você merece ser feliz e lute por isso.  Não se prenda às dores do passado nem cultive sentimentos de vingança pelas pessoas que já lhe traíram ou lhe machucaram na vida.
  • Dê mais tempo para que o prazer aconteça. Não corra atrás dele, corra atrás da realização, o prazer será consequência.
  • Tenha uma vida significativa para outras pessoas também, não apenas para você. Em outras palavras, envolva-se em projetos sociais, seja voluntário em alguma ONG ou dê mais tempo para tornar a vida de outras pessoas mais leve.
  • Troque DR por AP. Ou seja, pare de gastar tempo com “Discutir a Relação” e invista em “Acertar os Ponteiros”. Isso significa que você precisa decidir o que fazer daqui para frente em vez de investir toda sua energia tentando explicar (ou compreender) o passado.

 Palavra final:

Para terminar, creio que um bom “lema” para nossas vidas é:

“Invista tempo e energia para aprender a amar a si mesmo e a outras pessoas. Estar de bem com a vida e consigo mesmo torna todo o clima à sua volta mais positivo. Você, seus amigos, sua família e sua empresa saem ganhando.”

Autor: Marcos Meier


Escritor, psicólogo, mestre em educação e palestrante nacional nas áreas de relacionamento, criação de filhos e formação de professores. Um dos maiores especialistas brasileiros na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva do educador israelense Reuven Feuerstein, ou Teoria da Mediação da Aprendizagem. Autor de vários livros que estão disponíveis no site  www.kapok.com.br  Contatos pelo site: www.marcosmeier.com.br